Em 1928, Amália Aguirre foi uma das fundadoras das Missionárias de Jesus Crucificado, assumindo o nome de Irmã Amália do Jesus Flagelado, e ganhou um pouco de fama ao desenvolver estigmas, que mais tarde sararam.
No ano seguinte, ajoelhada diante do Santíssimo Sacramento em oração pela esposa moribunda de um parente, Irmã Amália perguntou a Jesus o que poderia fazer para ajudar a jovem mãe.
Ela recebeu a resposta: “Pede-me por causa das lágrimas de minha mãe” e três orações:
“Ó Jesus, olha para as lágrimas daquele que mais te amou na terra e te ama mais ardentemente no céu.”
“Ó Jesus, ouve as nossas orações, pelas lágrimas da tua Mãe Santíssima.”
“Ó Maria, Mãe do Amor, da Dor e da Misericórdia, nós vos rogamos que unais as vossas orações às nossas para que Jesus, vosso Divino Filho, a quem recorremos”.
Quatro meses depois, Maria apareceu.
Era 8 de março de 1930.
Eu estava na capela ajoelhada nos degraus do altar, quando de repente me senti sendo levantada.
Então vi uma mulher de beleza indescritível se aproximando de mim.
Ela usava uma túnica violeta, manto azul, e um véu branco caído sobre seus ombros.
Sorrindo, ela flutuou no ar em minha direção, segurando um rosário em suas mãos, que ela mesma chamou de corona (coroa, círculo, rosário).
Suas contas brilhavam como o sol e eram brancas como neve.
Entregando-me este rosário, ela me disse: ‘Este é o rosário das minhas lágrimas, que está sendo confiado por meu Filho ao Seu amado Instituto como parte de Sua herança.”
A Bem-aventurada Madre Maria disse à Irmã Amália como rezar o rosário das suas lágrimas, substituindo o Pai-Nosso, Ave-Maria, e a oração conclusiva do terço padrão com as três orações dadas por Jesus.
“Meu Filho quer honrar-me de maneira especial por meio dessas invocações e, assim, concederá todas as graças que forem imploradas por causa de minhas lágrimas”.
Em 8 de abril de 1930, Irmã Amália voltou a ver Maria, que revelou uma medalha de Nossa Senhora das Lágrimas.
Na frente, em torno de uma imagem de Maria segurando o rosário, estão as palavras:
“Ó Virgem dolorosa, suas lágrimas derrubam o império infernal”.
No reverso está uma imagem de Jesus com a inscrição:
“Pela tua divina gentileza, ó Jesus minietado, salva o mundo do erro que o ameaça.”
Em 1934, o fundador de seu Instituto, Francisco de Campos Barreto, bispo de Campinas, deu Imprimatur ao Terço das Lágrimas e recomendou o uso da medalha, dizendo que já havia feito muitos milagres no Brasil e na Europa.