A história conta que em meados de 1500, pescadores da cidade de San Miguel, encontraram um grande caixão flutuando no mar.
Eles o trouxeram para terra e encontraram dentro uma bela escultura com a mensagem: “Imagem da Virgem de Belém para a cidade de Cusco“.
Prelados levaram a imagem para Cusco no Peru, a capital inca no alto dos Andes, instalando-a ali na Igreja dos Reis Magos, que depois mudou seu nome para Nossa Senhora de Belém.
Após o devastador terremoto de 1650, a reconstrução da igreja foi concluída em 1715.
Canonicamente coroada em 8 de dezembro de 1933, a estátua da Virgem é carregada em procissão no dia de São Sebastião, 20 de janeiro ou próximo, e na festa de Corpus Christi, juntamente com imagens de outros santos.
No domingo de Pentecostes, acontece a Bajada ou descida da estátua da Virgem de Belém.
Junto com a de São José, os homens carregam a estátua da Virgem em uma pesada plataforma de prata da Igreja de Belém ao Convento de Santa Clara, onde é enfeitada com joias para a procissão de Corpus Christi, quando se dirige à catedral.
Uma semana depois, a estátua retorna à Igreja de Belém.
Os devotos locais costumam chamar a Virgem de Belém de “Mamacha Belén”.
Mamacha é um termo quíchua que significa tanto “querida mamãezinha” quanto “mulher do campo peruana”, significando o amor filial do povo pela Virgem Maria que se sentem ser um dos seus.